Debate de temas sobre a Policia Judiciária, investigação criminal, prática judiciária e temas de direito. Se quiser enviar artigos: invescriminal@gmail.com

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Orçamento para 2013


No domínio da credibilização da justiça penal destaca-se a confirmação do papel de uma polícia de investigação criminal especializada na investigação de crimes de maior complexidade, cuja estrita dependência da lei, liberta de funções de natureza de policiamento de proximidade (que acarretam necessárias relações sociais próximas com as situações em investigação) constitui por si uma garantia adicional da credibilidade do sistema penal em Portugal.
Procurar -se -á assim, no horizonte 2013 -2016, melhorar as condições de exercício de funções da Polícia Judiciária promovendo, já em 2013, a revisão do enquadramento legal das respetivas carreiras, o que, associada à mudança para as novas instalações, dotadas de excelentes condições, permitirá um reforço real da capacidade de resposta desta Polícia.
O Governo mantém como prioridade o combate à corrupção, tendo já em 2012 sido criado o Gabinete de Recuperação de Ativos e promovida a articulação com peritos para o combate ao crime económico. Para 2013 será ainda efetuada uma aposta forte na formação neste domínio, com a inclusão nos programas do Centro de Estudos Judiciários de cursos visando aprofundar conhecimentos para o combate ao crime económico


Artigo 144.º
Transporte gratuito
1 — É vedada a utilização gratuita dos transportes públicos rodoviários, fluviais e ferroviários.
2 — Ficam excluídos do disposto no número anterior:
a) Os magistrados judiciais, magistrados do Ministério Público, juízes do Tribunal Constitucional, oficiais de justiça e pessoal do corpo da Guarda Prisional, para os quais se mantêm as normas legais e regulamentares em vigor;
b) O pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública, os militares da Guarda Nacional Republicana, o pessoal de outras forças policiais, os militares das Forças Armadas e militarizados, no ativo, quando em serviço que implique a deslocação no meio de transporte público;
c) Os trabalhadores das empresas transportadoras, das gestoras da infraestrutura respetiva ou das suas participadas, que já beneficiem do transporte gratuito, quando no exercício das respetivas funções, incluindo a deslocação de e para o local de trabalho.
3 — O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrário e sobre instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho e contratos de trabalho, não podendo ser afastado ou modificado pelos
mesmos.

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E em Lisboa quantos são??


Segurança

Menos de 5 guardas em 85 postos da GNR

Dezenas de postos da GNR têm cinco ou menos militares. E há casos em que têm só um. Para ler no CM
Por:Miguel Curado


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Para alguns há dinheiro


Ministro promove 518 elementos da GNR e PSP

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, autorizou esta sexta-feira a promoção de 351 militares da GNR e 167 elementos da PSP, num total de 518.

Numa nota, o Ministério da Administração Interna (MAI) adianta que na GNR, vão ser promovidos um total de 351 militares, dos quais 178 são sargentos e 173 oficiais.
Já na PSP, foram autorizadas promoções para 167 elementos policiais nas categorias de subintendente e comissário.
Com esta decisão, o MAI "cumpre o compromisso assumido de dar seguimento aos processos de promoção nas duas forças de segurança até ao final do ano", refere a nota do ministério.
O MAI já tinha autorizado este ano 3.115 promoções na GNR e 1.067 na PSP.
O ministério considera que estas promoções concretizam o objectivo de "devolver estabilidade e previsibilidade às carreiras das forças de segurança, ao mesmo tempo que fica garantido o enquadramento de comando necessário à capacidade operacional da GNR e da PSP".

domingo, 23 de dezembro de 2012

Falta de estratégia

A revisão do conceito estratégico de Segurança e Defesa apanhou todos de surpresa, pelos vistos até o próprio Ministro da Administração Interna, facto que até pode ser risível, considerando que da panóplia de ilustres membros deste grupo, ninguém parece estar propriamente ligado à segurança pública.
Por:César Nogueira, Presidente da Associação dos Profissionais da GNR (APG/GNR)

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Além de se propor um modelo de policiamento securitário e militarista, subalternizado às Forças Armadas, o anúncio deste estudo tem igualmente a ‘virtude’ de lançar a discussão entre GNR e PSP, de pretender dividir para reinar, de se fazer barulho em torno de quem é que vai ficar com o quê, quando o que está em causa é a destruição do conceito de segurança pública nos termos entendidos pela democracia e, consequentemente, dos direitos dos cidadãos e dos próprios profissionais, sendo que estes ainda pretendem ver resolvidas várias questões. Nesta quadra festiva, gostaria de deixar aqui o reconhecimento pelo sacrifício e empenho com que diariamente os profissionais da Guarda elevam alto o nome da Instituição e desejar-lhes um Feliz Natal.

sábado, 22 de dezembro de 2012


Militares da GNR são alvo de processo por não chamarem general a um condutor

Por Rosa Ramos, publicado em 21 Dez 2012 - 03:10 | Actualizado há 1 dia 17 horas
General da Força Aérea passou um vermelho e queixou-se por não ter sido tratado pelo posto

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Estranhos amigos....

Polícias no papel

Vinte e cinco sábios nomeados pelo Governo – Comissão para a Revisão do Conceito Estratégico de Defesa – identificaram as ameaças contra Portugal, os riscos e as vulnerabilidades.
Por:Manuel Catarino, Subdirector

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O trabalho deu origem a um documento chamado Conceito Estratégico de Segurança e Defesa Nacional. Nasceu do elevado contributo de generais, almirantes, historiadores, cientistas políticos, juristas, empresários – irrepreensível naipe de especialistas onde escasseiam polícias, e outros práticos destas coisas da segurança interna. Talvez essa ausência explique, por exemplo, a ideia absurda de combater o terrorismo e a criminalidade violenta e transfronteiriça sem a participação da Polícia Judiciária, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da articulação dos diversos serviços de informações. Mas nem tudo é mau.
É proposto ao Governo uma nova organização policial: concentrar na GNR o combate à criminalidade grave e reduzir a PSP a meras funções municipais – na prática, uma única força de segurança. É um caminho avisado. Desde que a PJ fique de fora da fusão e da mesma tutela.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Isto se calhar não afecta só a PSP.....


Terramoto na PSP com perda de poder

Publicado às 00.24

CARLOS VARELA E NUNO SILVA 
 
 
Terramoto na PSP com perda de poder
 

Caiu como uma bomba na PSP a proposta de estratégia de segurança e defesa nacional que lhe limita as competências ao simples policiamento, entregando à GNR as ações contra o crime violento e terrorismo.
No centro do "terramoto", que até gerou rumores de demissões na Direção Nacional da PSP e nos comandos territoriais, estão as propostas da revisão do Conceito Estratégico de Segurança e Defesa Nacional. O documento elaborado por uma comissão (da qual não fazem parte elementos de forças de segurança) será debatido amanhã, em Conselho de Ministros.
O estudo, a que o JN teve acesso, defende que deve ser atribuído à GNR "o combate à criminalidade mais violenta e ao terrorismo, a proteção e segurança dos pontos sensíveis (mesmo que em sobreposição com a PSP), a vigilância e o controlo das infraestruturas críticas e das principais vias de comunicação e fronteiras". Por sua vez, a PSP ficaria com "proteção e segurança de pessoas e bens e, no que tange a instalações ou infraestruturas críticas, apenas a sua vigilância, estando mais vocacionada para o policiamento das grandes urbes, devendo privilegiar o policiamento de proximidade e os programas especiais de policiamento comunitário".
Outra questão polémica é a distribuição diferenciada de meios a cada uma das forças. A GNR deverá ser dotada de "armamento e equipamento com maior potencial e mais robusto que o das polícias", refere o documento. Já à polícia civil (PSP) "deverão ser fornecidos armamento individual e equipamento ligeiro, para missões exclusivamente policiais e de atuação em meio predominantemente urbano".
A intenção das medidas é redução de custos, "evitando duplicações e a redundância de serviços" e "reforçar a coordenação das forças de segurança, mediante a sua concentração numa única tutela política". A comissão sugere a operacionalização de um "núcleo" de Segurança Nacional, que funcione no gabinete do primeiro-ministro, com a finalidade de monitorizar as medidas e acompanhar a execução das linhas estratégicas.
É uma tentativa de destruição da PSP", frisou Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, considerando que o esvaziamento de competências coloca a força quase ao nível da Polícia Municipal. Alertou, ainda, que o novo modelo poderá ditar o fim das unidades especiais da PSP, com mais de mil elementos. O dirigente contesta a "militarização da segurança pública" em detrimento do caráter civilista.
A proposta de revisão não constitui, no entanto, o documento final, como destacou, ao JN, o Ministério da Defesa, salientando que, após o debate no Conselho de Ministros, irá ainda à Assembleia da República. E que "há mais contributos de outros ministérios e outras entidades", que poderão trazer mais alterações, antes do documento final.
A divulgação das linhas gerais do documento, este terça-feira, gerou contestação generalizada nas hierarquias da PSP. Fontes próximas da Direção Nacional confirmaram que até foi aventado um cenário de demissão em bloco. A intenção estende-se aos responsáveis por alguns comandos territoriais espalhados pelo país, apurou o JN.
"A ser aprovado este conceito estratégico, a PSP não tem condições para continuar a desempenhar a sua missão", frisou fonte policial. "Estamos expectantes. O que vão fazer connosco? Vamos voltar às ruas? Homens com esta formação tão específica vão ser desperdiçados?", questionou um elemento da Unidade Especial de Polícia.

Uma direcção a sério....


Direcção da PSP obriga governo a travar reforma das polícias

Por Rosa Ramos, publicado em 19 Dez 2012 - 03:10 | Actualizado há 5 horas 25 minutos
Direcção nacional da PSP ameaçou demitir-se se o governo transformasse a instituição numa mera polícia de proximidade
Esquadras da PSP

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Municipalização VS Militarização


Governo prepara-se para "municipalizar PSP e reforçar a militarização da GNR"

 
 

A Associação Sindical dos Profissionais da  Polícia (ASPP) disse hoje que o Governo prepara-se para "municipalizar a PSP e reforçar a militarização da GNR", considerando uma "regressão" a proposta  do novo Conceito Estratégico de Segurança e Defesa Nacional. 

"Não podemos aceitar esta regressão no plano da segurança interna", disse à agência Lusa o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues. 
Segundo a proposta da comissão de revisão do novo Conceito Estratégico de Segurança e Defesa Nacional, a GNR deverá passar a combater a criminalidade mais violenta e o terrorismo, devendo a PSP ficar orientada para o policiamento de proximidade. 
A proposta da comissão para a revisão do Conceito Estratégico de Segurança  e Defesa Nacional (CESDN), a que a agência Lusa teve acesso, já foi entregue  ao governo e defende que a GNR passe a ter responsabilidade no "combate  à criminalidade mais violenta e ao terrorismo, na proteção dos pontos sensíveis  (em articulação com a PSP), na vigilância e no controlo das infraestruturas  críticas e das principais vias de comunicação e fronteiras". 
Já a PSP passa a ser orientada para "a proteção e segurança de pessoas  e bens, enquanto força mais vocacionada para o policiamento das grandes  urbes, devendo privilegiar o policiamento de proximidade e os programas  especiais de policiamento comunitário", revela o documento, que em breve será discutido em Conselho de Ministros. 
O presidente do sindicato mais representativo da PSP adianta que a proposta  prevê "a militarização da segurança interna, ao contrário do que acontece  em todo o mundo civilizado" ao atribuir à GNR "o monopólio do uso de equipamento  e armamento mais robusto e o combate ao terrorismo e à criminalidade violenta".
"Na prática tal significa a extinção das valências mais musculadas da  PSP, concretamente da Unidade Especial de Polícia (UEP), que tanto sucesso  tem tido no apoio direto ao policiamento e ao investigador criminal", sublinhou.
Paulo Rodrigues sustentou que o objetivo é "transformar a PSP numa polícia  fraca, ligeira e municipalizada", frisando que se trata do "mais grave atentado  contra a PSP desde a data da sua criação, há quase 150 anos". 
Com esta proposta, adianta o presidente da ASPP, o Grupo de Operações  Especiais (GOE), o Corpo de Intervenção (CI) e, "porventura", o Corpo de  Segurança Pessoal (CSP) vão perder "numa assentada parte da sua história  e identidade". 
"Será que a PSP, que tem estado na linha da frente do combate à criminalidade  e ao caos social, com tantas provas dadas, merece tamanha desconsideração",  questionou ainda Paulo Rodrigues. 
A agência Lusa contactou a direção nacional da PSP, que afirmou não  conhecer oficialmente a proposta, pelo que não faz qualquer comentário.
Lusa

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A grande trabalhada (mistura de trapalhada com baralhada)


Artigo do orçamento de estado ;

PROPOSTA INICIAL

Artigo 142.º
Transporte gratuito
1 -É vedada a utilização gratuita dos transportes  públicos rodoviários, fluviais e
ferroviários.
2 - Ficam excluídos do disposto no número anterior:
a) O pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública, os militares da
Guarda Nacional Republicana e o pessoal de outras forças policiais, no ativo,
quando efetuem patrulhamento que implique a deslocação no meio de
transporte público;
b) Os trabalhadores das empresas transportadoras, das gestoras da infraestrutura
respetiva  ou das suas participadas, que já beneficiem do transporte gratuito,
quando no exercício das respetivas funções, incluindo a deslocação de e para o
local de trabalho.
3 -O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa, prevalecendo sobre
quaisquer outras normas, especiais ou excecionais, em contrário e sobre instrumentos de
regulamentação coletiva de trabalho e contratos de trabalho, não podendo ser afastado
ou modificado pelos mesmos.

ALTERAÇÃO PROPOSTA
http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?Path=6148523063446f764c304653546d56304c334e706447567a4c31684a5355784652793950525338794d44457a4d6a41784d6a45774d5455765545457659324d775a6a6734595755744d4755324e5330304f574d794c57497a4d7a67744e6d59795a6a51795a6d4d344e5749324c6e426b5a673d3d&Fich=cc0f88ae-0e65-49c2-b338-6f2f42fc85b6.pdf&Inline=true

1...
2....
a) os magistrados Judiciais, os magistrados do Ministério Público, os juízes do Tribunal constitucional e os Oficiais de Justiça  e pessoal do corpo da guarda prisional para os quais se mantêm as normas legais e regulamentares em vigor;
b)  O pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública, os militares da Guarda Nacional Republicana e o pessoal de outras forças policiais, no ativo,quando em serviço que implique a deslocação no meio de transporte público ;
2-
c) anterior alinea b)

3....


CONCLUSÕES

1- Dos "trabalhadores" do Ministério da Justiça a PJ é a única instituição não incluída na alínea a) ( estão Magistrados Judiciais e do MP, Oficiais de Justiça e guarda Prisional....) a quem se aplica os regulamentos existentes.Não teria mais lógica os funcionários da PJ terem direito ao transporte gratuito do que aqueles da guarda prisional?
2- a expressão " quando em serviço que implique a deslocação no meio de transporte público" vai se de complicada interpretação: aplica-se todos os funcionários ou apenas "ao pessoal com funções policiais"? inclui a deslocação casa/posto de trabalho?



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O que ficou por dizer

 A manifestação realizada demonstrou o desencanto dos "funcionários de investigação " da Policia Judiciária e o forte papel aglutinador da ASFIC (embora tenha constatado menor presença do pessoal do "norte").
Os discursos realizados tiveram a tónica errada, os "denominadores comuns" aos que estiveram na manifestação não constaram dos discursos.

A PJ prima pela DISCRIÇÃO e NÃO queria fazer esta manifestação.

A MANIFESTAÇÃO NÃO FOI DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA O ORÇAMENTO OU CONTRA O GOVERNO.

Certamente houve centenas de razões diferentes para a presença na manifestação.

A MANIFESTAÇÃO FOI DE POLICIAS, DE "PJS", POR CONDIÇÕES DE TRABALHO, nomeadamente:
- veículos em condições
-computadores adequados
- impressoras (que não existem)
- regulamento adequado do trabalho suplementar e consequente pagamento condigno
- estatuto profissional
-estratégia institucional
-ausência de concursos de ingresso e de progressão na carreira

A MANIFESTAÇÃO FOI APARTIDÁRIA, MAS NÃO FOI APOLÍTICA.

Os que "lá" estiveram (e certamente outros que não puderam ir, mas comungam as preocupações), estão fartos da discriminação  que a PJ tem sido alvo quando comparada com outras força de segurança.

Estão fartos de constantes "cavalgadas" de outras forças de segurança  em competências exclusivas da PJ.

Estão fartos de dirigentes que apenas se preocupam com parangonas.

Estão fartos de chefias que nada chefiam e de coordenadores cuja função está, há muito, esvaziada de competência. 

Foi pena não se ter "convocado" os candidatos aprovados ao concurso para Inspector (que nunca começa, e a que consta o concurso caduca em Abril de 2013) que numa manifestação de cores escuras poderiam ter ido vestidos de branco....

Em conclusão, estão fartos da FORMA COMO A PJ (cujo papel no estado de direito e na defesa de direitos liberdades e garantias todos reconhecem), e os seus trabalhadores, TEM SIDO TRATADOS.






terça-feira, 20 de novembro de 2012

Que razões de marcha?


Investigadores da PJ vão manifestar-se em frente à AR

Estão contra medidas de austeridade previstas na proposta do OE2013

Por: tvi24    |   2012-11-20 18:11
Funcionários de investigação criminal da Polícia Judiciária participam na quarta-feira numa manifestação, em frente ao parlamento, contra as medidas de austeridade contidas na proposta de Orçamento do Estado para 2013.

Em declarações à Agência Lusa, Carlos Garcia, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC/PJ), referiu que está prevista a presença de muitos funcionários desta polícia, de todas as carreiras profissionais, vindos de diversos pontos do país, para participar, pelas 15:30, numa reunião geral de trabalhadores, na sede da PJ, em Lisboa.

De seguida, haverá uma marcha silenciosa em direção da Assembleia da República, onde se concentrarão durante o tempo necessário à leitura de um manifesto e de outras comunicações sindicais.

O manifesto será, posteriormente, entregue à Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que já confirmou que receberá uma delegação da ASFIC/PJ.

Carlos Garcia mostrou-se preocupado com o impacto das medidas contidas no Orçamento do Estado para 2013 na vida pessoal e profissional dos funcionários da PJ, designadamente com a alteração das regras de aposentação e de disponibilidade, congelamento na progressão das carreiras e restrições na gratuitidade dos transportes públicos.

Durante a manifestação, a ASFIC/PJ vai alertar para o facto de algumas medidas contempladas no OE 2013 violarem as normas da Constituição.

Carlos Garcia adiantou que a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, está sensibilizada para os problemas levantados pela ASFIC, nomeadamente em matéria de transportes, observando contudo que a matéria orçamental é da responsabilidade do parlamento, razão pela qual a manifestação foi convocada para São Bento.

A PJ tem cerca de 1.200 funcionários de investigação criminal, um número deficitário segundo à associação sindical e que se tem agravado ultimamente com as aposentações.

sábado, 17 de novembro de 2012

Diga lá outra vez......83......


Contratados mais 83 inspectores da PJ

Justiça reforça meios na investigação criminal

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, disse ontem, no Parlamento, que a investigação criminal vai ter um reforço de 3% no próximo ano.
Por:J.S.


O ministério prevê a contratação de 83 inspectores da PJ, 16 médicos de Medicina Legal e 26 técnicos desse instituto. O combate ao crime contempla a abertura da nova sede da PJ, onde será instalado um laboratório de perícias, num investimento de 3,7 milhões. Há também um reforço de 1,8 milhões para a gestão de recursos humanos.
Na audição sobre o orçamento, Paula Teixeira da Cruz exaltou-se com o deputado do PS Pita Ameixa por este ter afirmado que a ministra foi pressionada para não encerrar o Tribunal de Almodôvar (mais informação nas páginas 4/5).

terça-feira, 13 de novembro de 2012

À atenção da ASFIC

Artigo recebido via email:

O que a ASFIC devia dizer.....

Quando lemos os comunicados da ASFIC cheio de uma carga politico- ideológica que não partilhamos, estranhamos que não constem desses comunicados elementos concretos da "morte anunciada" da casa, que, conforme link que o blogger colocou até o Hernâni Carvalho já se apercebeu.....
Assim, e tendo no presente dia ouvido o Ministro da Administração interna a anunciar aumentos de mais de 10% 8(!!!!) para as forças de segurança nos seguintes termos ( entre parêntesis os valores de 2012):
-PSP- em milhões de euros 796,9 (703,7)-aumento de 13,2%
-GNR- em milhões de euros  937,9% (853,6)- aumento de 9,9%
- SEF em milhões de euros 84,1 (85) - diminuição tendo o MAI explicado que passaram do orçamento do SEF para a Direcçao Geral de Estruturas e equipamentos as Estruturas informáticas)

Quanto à PJ...... valores da DGO( www.dgo.pt procurar politica orçamental/orçamento de estado- Serviços integrados- Ministério da Justiça
Em 2012 - orçamento total de 102.439.000 ( inclui 163.205€ de subsidio de natal)
Em 2013- orçamento total de 103.761.000 (inclui 4.588.090 de subsidio de natal)

Isto significa que na prática  o acréscimo de 1.322.000€ é meramente nominal, uma vez que se considerarmos a despesa "extra" dos subsidios de Natal  o Orçamento diminui cerca de 3.000 milhões de euros ou seja uma diminuição de cerca de 3%.......

Estranho..........

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Os custos da justiça.....


Estado condenado por deixar estragar carros apreendidos em processo

Publicado ontem

 
 37 0 1
O Tribunal de Benavente condenou o Estado a pagar 177 mil euros a um stand de automóveis por devolver em completo estado de degradação 56 viaturas apreendidas num processo judicial que acabou com a absolvição do gerente.
Segundo a sentença, a que a agência Lusa teve acesso, as viaturas estiveram, entre julho de 2008 e agosto de 2010, no parque de viaturas do Vale do Forno, na freguesia de Carnide em Lisboa, "no meio de erva de cerca de um metro de altura, votados ao abandono, apresentando ninhos de rato no motor".
O sócio-gerente da Autobenaventense, Armindo dos Santos Aparício, foi constituído arguido no âmbito da "operação chicote", em 2008, mas acabou ilibado dos crimes de furto e de viciação de veículos, de falsificação de documentos e de associação criminosa. A empresa intentou uma ação cível contra o Estado ainda no decorrer do processo-crime.
Os automóveis encontravam-se à venda no stand quando foram levados por agentes da PSP, a 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 2008, na sequência de um mandado de busca e apreensão do Ministério Público.
As 56 viaturas estiveram dois anos e 13 dias no parque da PSP, em Vale do Forno, em "condições de abandono, sujeitas às intempéries e a animais roedores e a insetos, sem qualquer manutenção ou reparação", o que provocou danos, explica a sentença assinada pela juíza Carla Ventura.
Segundo o Tribunal de Benavente, "não restam dúvidas de que houve uma efetiva violação dos deveres de guarda e de restituição das viaturas", uma vez que as mesmas foram devolvidas "em estado de degradação".
A sentença determina que o Estado Português tem de indemnizar a Autobenaventense em 177 mil euros, acrescidos de juros de mora, por danos patrimoniais: 68.413 euros a título de desvalorização do valor dos veículos e 108.596 euros para reparação das viaturas.
Para o tribunal, cabia ao Ministério Público e à PSP "preservar os bens apreendidos", de modo a que, caso não fosse determinada a sua entrega ao Estado (o que veio a acontecer), estes pudessem ser restituídos ao seu proprietário no mesmo estado de conservação em que se encontravam aquando da apreensão.
Assim, o Ministério Público e a PSP "atuaram como entidades públicas, em representação do Estado", que, segundo o acórdão, é proprietário do parque.
A sentença salienta que foram violados os deveres de guarda e de restituição dos veículos no estado em que se encontravam à data da apreensão, o que configura uma atuação "ilícita" e "culposa", porque era exigível aos responsáveis pelo depósito dos veículos que zelassem pelo seu bom estado de conservação, o que "não fizeram".
Fonte ligada ao processo explicou à Lusa que, cerca de um mês após a detenção do sócio-gerente do stand, a defesa, além de interpor a ação principal contra o Estado - que agora deu origem a esta condenação - interpôs uma providência cautelar para que as viaturas fossem devidamente cuidadas, antevendo a degradação dos automóveis, o que veio a acontecer.

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